Federação Dentária Internacional adota posição sobre o consumo de açúcar

O congresso anual mundial da Federação Dentária Internacional (FDI) decorreu em Sidney, Austrália, de 24 a 27 de setembro, e, como é habitual, o organismo realizou a sua Assembleia-Geral durante o evento.

A 26 de setembro, os membros votaram a nova direção e elegeram como presidente-eleito o professor búlgaro Nikolai Sharkov. O professor Young Guk Park (República da Coreia) e o professor Hiroshi Ogawa (Japão) foram eleitos tesoureiro e diretor, respetivamente.

A OMD esteve representada pelo bastonário, Miguel Pavão, e pelo National Liaison Officer de Portugal na FDI, António Roma Torres, que participaram na discussão dos vários temas em agenda.

Na assembleia, que aconteceu a 26 de setembro, foram ainda aprovadas cinco resoluções, para as quais a Ordem contribuiu com sugestões e retificações. São elas: colaboração entre os profissionais de saúde oral e outros profissionais de saúde; saúde mental e bem-estar para profissionais da área da saúde oral e estudantes de medicina dentária; materiais restauradores diretos alternativos ao amálgama dentária; desgaste dentário; álcool como risco para a saúde oral; cuidados de saúde oral perinatais e na infância; determinantes sociais e comerciais da saúde oral; e saúde oral para um envelhecimento saudável.

Foi igualmente adotada uma posição sobre os “açúcares livres” (pdf), na qual estes são identificados e a FDI sugere políticas e estratégias para a redução global do seu consumo, que é o principal fator da cárie dentária. Neste documento, a federação aponta caminhos para envolver os profissionais de saúde, indústria, escolas, hospitais e locais de trabalho nesta estratégia.

Para a OMD, este posicionamento face ao consumo de açúcar é um passo importante para pressionar os governos a adotarem políticas nesta matéria. Aliás, a FDI defende mesmo que todos os países deveriam ter uma estratégia para reduzir o consumo de açúcar até 2030. No contexto nacional, a OMD há muito que propõe, por exemplo, a alocação do imposto sobre as bebidas açucaradas para a implementação de políticas de promoção e prevenção da saúde oral.